domingo, 9 de janeiro de 2022

Palestra "Baleação: das ondas à comercialização"

 No dia 6 de janeiro, no âmbito de uma parceria com os serviços educativos do Museu da Baleia da Madeira, os alunos dos 3º e 4º anos receberam a visita do professor Márcio de Freitas para uma palestra intitulada "Baleação: das ondas à comercialização".


Num primeiro momento, o professor fez uma exposição sobre a caça às baleias, que surgiu a partir dos anos 40,  e sua comercialização ligada à venda de produtos, como o óleo e a farinha.

De uma forma sucinta e entusiasmante, os alunos ficaram a conhecer as baleeiras que eram embarcações, movidas a vento e a remos, usadas na caça às baleias. Também tiveram noções sobre outras nomenclaturas como o arpão que servia para prender a baleia, a lança que atingia o animal e o rebocador que arrastava a baleia. 


Perceberam que este trabalho no mar acontecia graças a uma vigilância em terra. Os vigias encontravam-se em vários pontos da ilha para observar em terra as baleias nos mares da Madeira, por exemplo no Porto Moniz, no Caniçal, no Porto Santo e no Garajau. Estes vigilantes lançavam um foguete de estalo para anunciar o avistamento de uma baleia. Mais tarde, é que surgiram os radiofones para facilitar a comunicação.

Quanto aos produtos provenientes da exploração das baleias e cachalotes, viram que havia a carne, os ossos e o sangue. A farinha servia de ração e fertilizante, a gordura para toucinho e óleos, os dentes serviam para utensílios e motivos artísticos (o "scrimshaw" que designava a arte de gravação ou pintura em marfim.) e o âmbar gris era usado na cosmética, nomeadamente os perfumes. De facto, tudo era aproveitado e comercializado. Esta atividade era o meio de sustento de muitas famílias na altura. Na década de 80, é que é determinada a proibição desta atividade devido ao aparecimento de movimentos e leis defensoras dos direitos destas espécies.


Houve também uma abordagem sobre os cetáceos (mamíferos), as baleias e golfinhos que adoram as águas profundas da nossa ilha, pois apresentam as condições favoráveis à sua sobrevivência.

                                     

E neste sentido, o professor deixou um forte apelo à preservação e conservação destas espécies. Todos nós somos responsáveis pela limpeza dos oceanos, a casa de muito animais. Cada um de nós pode ser um guardião dos mares tal como ficou explícito na apresentação sobre a prática dos 5 R´S, reduzir, repensar, reciclar, reutilizar e reaproveitar.


E para terminar esta primeira abordagem, os alunos visualizaram o vídeo "Ser um guardião" sobre a proteção dos mares.


Passando a um segundo momento, houve a oportunidade de fazer uma atividade experimental com as lupas eletrónicas, em que os alunos puderam observar a presença de partículas em determinados materiais.


Observaram os microplásticos num pedaço de pasta de dentes.


Observaram bocados de vidro e microplásticos em areia amarela.


Viram também de perto os componentes da areia.



Após esta atividade experimental, os alunos puseram em prática os seus conhecimentos sobre a separação do lixo com um jogo do ecoponto.

                                        



Para finalizar a palestra, os alunos ainda divertiram-se com a construção de um barco de papel.



E assim tiveram uma tarde enriquecedora e lúdica com aprendizagens sobre a dinâmica do Museu da Baleia da Madeira.

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